quarta-feira, 27 de maio de 2015

Manifesto de um Indignado Cidadão de Bem!

Caros Amantes da Cutelaria, segue abaixo um texto brilhante, de autoria de Orlando Soares, que promove uma reflexão sobre a situação geral da segurança do cidadão brasileiro. Convido-os a lerem, refletirem e postarem seus comentários à respeito do tema. Boa leitura!

Meus caros amigos,


Resolvi escrever a vocês pelo óbvio interesse que têm no assunto, por serem afetados diretamente por quaisquer mudanças nos entendimentos legais que o futuro possa trazer e pelo acesso que têm a tantos outros que, como nós, têm interesse em facas.

Cresci no meio das armas. De fogo, principalmente. Meu pai (que, arrimo de família, começou a trabalhar antes dos 14) já as portava desde sua adolescência, não "por boniteza", mas por necessidade porque já naquela época os arredores da Central do Brasil, onde trabalhou numa charutaria, era lugar perigoso. Quando nasci já devia haver pelo menos meia dúzia de armas em casa e aos dez já atirava com certa frequência. A partir dos quinze já tinha sob minha guarda, em casa, uma Winchester 44-40 e um Ruger Security Six, "Made in the 200th year of the American Liberty" (conforme estampado no cano de 6"). No dia em que completei vinte e um anos, minha primeira providência foi a de comprar um revólver que portava sempre, antes da lei de 97 que tipificou como crime e não mais contravenção o porte ilegal de armas. Em duas situações não fui assaltado pela mera exposição da arma que portava; (numa eram quatro moradores de rua armados com paus e noutra dois assaltantes numa moto que ao verem o saque da arma, fugiram do confronto) Já tive sob mira a cabeça de um assaltante, que nem sequer me percebeu, durante um roubo de carro e decidi não atirar porque achei que a vítima do assalto, também sob mira, poderia se ferir. Tive porte estadual e federal enquanto foi possível, até que resolveram que gente de bem não deve andar armada. Tenho armas registradas com a Polícia Federal e sou colecionador registrado no Exército há 26 anos. Enfrento, pacientemente, a burocracia baseada na lei draconiana e burra cujo único objetivo parece ser nos ganhar no cansaço. Bem, alguém pode imaginar o que isso tem a ver com facas, cuteleiros e quem gosta de facas. Para esses explico: Os mesmos imbecis que acham que as armas são culpadas pelos homicídios não demorarão a concluir que agora as facas são culpadas pelas mortes e ataques recém ocorridos e logo começará um movimento de boçais instalados no legislativo, na mídia e principalmente nos governos incompetentes com o intuito de criminalizar o porte de facas e regulamentar sua posse, uso, fabricação, tipologia e tudo mais que for possível pelo simples fato que é muito mais simples criar uma nova lei proibindo alguma coisa do que agir para que as coisas funcionem como devem. E para os bananas e frouxos da sociedade moderna, essa gente que tem medo de tudo e não é capaz de ajudar o próximo em apuros ou em risco, é muito confortável ser impedido por lei de tomar em suas mão a responsabilidade de defender-se e aos seus. Só assim, sua covardia encontra justificativa e consolo, e o mantra do "não reaja em caso de assalto" faz sentido e eles podem continuar com suas caras enfiadas num "smartphone" (que, aliás, estão cada vez mais inteligentes que seus donos), alheios ao mundo real povoado com gente que sangra e morre.

Para mim, enquanto a lei permitir, prefiro portar, todos os dias da minha vida, uma faca bem afiada e pontuda e estar pronto para degolar qualquer ser desprezível que tentar roubar de mim ou dos meus, a dignidade, a saúde ou vida. E caso ouçam alguém dizendo que deveria haver leis restringindo o porte de facas, minha sugestão é que mandem o bípede calar a boca e cuidar do seu perfil no Face.

Estejam à vontade para reproduzir o que disse.

Um forte abraço,

Orlando

PS: Vale lembrar: "AMAT VICTORIA CURAM"

Vivo Celular: (17) 99727-0246
Claro Celular: (17) 99193-6996
Telefone Fixo: (17) 3525-2595

2 comentários:

  1. Concordo com o texto acima, vez por outra porto minha faca, mas sempre ando com um canivete de socorrista para emergências.

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  2. Caro Ricardo Pinto,

    Também tenho no carro um excelente canivete de socorrista que, como deve ser, sequer uma ponta tem, mas que também se tornará item proibido caso nossos ilustríssimos legisladores consigam fazer as coisas ao seu modo.
    Um abraço,

    Orlando

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